sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Eternidade aos 22


Meros 365 dias foram suficientes para a minha mutação
pranto, rancor, receio; quanta sensibilidade em um só coração
tanto disparate em tão limitado tempo
tantos fatos que eu nem sequer entendo

Primeiro veio a solidão, e o medo que a acompanha
depois a intrepidez de percorrer campos e escalar montanhas
cheguei a acreditar que carregaria pra sempre este fardo
só Deus sabe o quanto eu estava errado

Desde a última epopéia, já não sou mais o mesmo
consigo ver o Sol iluminando meu destino, assim não caminharei mais a esmo
eu sei que os demônios que me assombram nunca irão partir
mas divergente de antes, agora eu tenho alguém para coexistir

Amar e em troca ser amado, algo impensável para alguém com almagre
e após 22 anos de existência, começo a acreditar em milagres.

Abel _____________________________ Requiescat in Pace



Poema escrito quando meu alter ego completou 22 anos de existência.
Uma forma de tentar controlá-lo ou torná-lo mais forte.
Ainda não sei ao certo ...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Obsoleto


Para cada humano que neste mundo viver
um anjo será enviado para dele amar, cuidar e proteger
eu sou o humano que necessita dos cuidados teus
e você é o mais belo anjo criado por Deus

Teus beijos me entorpecem, agora mais do que antes
o brilho dos teus olhos é ainda mais fascinante do que o diamante
vivo este devaneio onde o plebeu desposa uma rainha
e rogo aos céus para que um dia eu possa chama-la de minha

desejo tanto o seu corpo que chega a ser heresia
mas tendo em seus braços a mais bela das mulheres, que homem não desejaria?
como pode chamar de pecado este sentimento que transborda pureza?
se o ato de amar é mesmo uma profanação, porque então o amor recebe o título de nobreza?

Tua fé é pérfida, ainda assim me sacrifico por ti
não me julgue como masoquista, apenas quero sempre vê-la sorrir
imortal, imutável, deífico
desta forma defino este amor tão mítico



Dedicado a alguém que despedaçou meu coração.