quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Pra não dizer que não falei do amor

Cheguei a imaginar que era apenas uma ilusão
uma forma de enganar as tristezas do coração
mas com o passar dos anos, aprendi que estava enganado
o amor existe, só não me recebe de bom grado

No início tudo é belo, perfeito e inabalável
mas quando chega ao fim surge uma dor insuportável
as lágrimas caem selando um coração despedaçado
seu mundo desaparece deixando apenas um vazio exacerbado


Eu acredito no amor; enfim
mesmo que ele não tenha sido feito para mim
Deus me permitiu amar mas me absteve de ser amado
assim como todos os poetas, eu também sou amaldiçoado

Conseguimos detalhar com palavras todos os sentimentos
e com isso nos lembramos daquilo que nunca teremos
pra não dizer que não falei do amor, indago
porque deste sentimento eu fui privado?






Eis aí a maldição: Ser poeta é ter falado pra ninguém, depois da nítida impressão de que falou pra todo o mundo.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Foi um erro meu ter deixado você ir embora, só depois eu fui perceber que você era o motivo dos meus sorrisos.




"Enquanto o Sol queimar ..."

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Uma oração

"Que os ventos soprem forte minhas velas em direção a teus braços ...
Para cada novo momento ... Nos quais, me refaço ...
Aceito minhas verdades, das mentiras me desfaço ...
Teu sorriso me desarma, tua respiração, tão perto, me acalma ...
Que cada gota, caída do céu até hoje, represente muitos beijos,
com os quais ainda me contemplará ...
Presentes ... Que me contem seus desejos ... E que eles sejam meu mar"

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Solidão a dois

“Você diz que ama a chuva,mas você abre seu guarda-chuva quando chove.
Você diz que ama o sol, mas você procura um ponto de sombra quando o sol brilha.
Você diz que ama o vento, mas você fecha as janelas quando o vento sopra.
É por isso que eu tenho medo. Você também diz que me ama… “


Poema de William Shakespeare, um dos poucos que conseguia revelar os segredos do universo em palavras.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Medo II


Eu tenho medo

do que eu posso ver no espelho
de pedir perdão sem ser capaz de dobrar os joelhos
de esquecer todos os bons momentos
de lembrar de antigos sofrimentos

Eu tenho medo

que o rosto dela se torne apenas uma lembrança
que o meu esforço para me tornar um homem me faça ser ainda mais criança
que ela vá dormir sem sequer pensar em mim
que a nossa história tenha realmente chegado ao fim

Eu tenho medo

de não encontrar as palavras certas
de me perder entre conquistas e metas
de esquecer quem eu realmente sou
de não saber onde estive, onde estarei e no momento onde estou

Eu tenho medo

de olhar nos seus olhos e não encontrar o amor
de me despedir e sentir novamente aquela dor
de fazer tudo por você e ainda assim não ter nenhum valor.