terça-feira, 29 de novembro de 2011

Oração

Meu amor essa é a última oração
Pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na despensa

Cabe o meu amor!
Cabem três vidas inteiras
Cabe uma penteadeira
Cabe nós dois

Cabe até o meu amor, essa é a última oração
Pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na despensa

Cabe o meu amor!
Cabem três vidas inteiras
Cabe uma penteadeira
Cabe nós dois

Cabe até o meu amor, essa é a última oração
Pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na despensa

Cabe o meu amor!
Cabem três vidas inteiras
Cabe uma penteadeira
Cabe essa oração



Música Oração.

Simplesmente Perfeita.

Filosofia

Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for útil, se não se deixar guiar pela submissão às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil, se buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história for útil; se dar a cada um de nós e à sociedade os meios para serem conscientes de si e de suas ações numa pratica que deseja a liberdade e a felicidade para todos for útil, então podemos dizer que a filosofia é.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Sonhando com a (ir) realidade


O sonho veio pra mim em três tons: preto, cinza e branco.
Eu caminhava pelas ruas desertas sob o céu cinzento e chuvoso. Como um personagem de um filme sem roteiro, eu não sabia onde estava e nem o porque. As gotas de chuva se chocavam contra o meu rosto se mesclando com minhas lágrimas. Meu coração estava ferido e eu sentia em meu peito um enorme vazio. Sem lembranças de como eu havia chegado até aquele local, eu continuei caminhando pelas ruas desertas sob o céu cinzento e chuvoso.
Durantes horas que me pareceram eras, eu vaguei sem propósito neste estranho mundo incolor.
Até que eu a vi.
Seus olhos eram de um puro azul celeste, seus cabelos negros se destacavam dos demais tons escuros e o seu vestido ...
Ela usava um sensual vestido vermelho sangue que fazia cada célula do meu corpo se agitar.
O quão surpreso eu fiquei quando percebi que neste cenário mórbido ela era á única existência que emanava vida e luz. E o que mais me entorpeceu foi o fato dela estar olhando fixamente pra mim.
Ela se aproximou suavemente e eu pude sentir o seu perfume. Tinha o doce odor do éden. Ela chegou seus lábios até o meu ouvido e sussurrou:
"Boa noite querido Abel, eu senti o seu mundo escuro e nefasto e vim até aqui para lhe consolar. Eu pude sentir a sua dor e vim lhe mostrar que você não precisa carrega-la sozinho. Deixe-me acompanha-lo."
Sua voz era a mais bela melodia já ouvida e eu me apaixonei instantâneamente.
Andamos de mãos dadas e a cada passo dado transformava meu mundo fazendo-o ganhar vida e cores.
Nós caminhavamos pelas ruas vívidas sob o céu azul estrelado. Minha vida havia adquirido um sentido e eu senti um desejo enorme de beija-la, mas quando o fiz ... Despertei.
Sozinho em meu quarto e com lágrimas nos olhos eu gritei.
A realidade veio pra mim em três tons: preto, cinza e branco. E uma vez mais, meu universo havia perdido o seu encanto.


"Sabes o efeito devastador que a tua voz causa em mim? É doloroso saber que este sentimento nunca será recíproco."

terça-feira, 15 de novembro de 2011

A paz que ela me traz


Sua inocência faz meu finado coração palpitar
Seu olhar transmite pureza e ternura
Assim como a letra de uma bela partitura
Seu sorriso ficará gravado em mim onde quer que eu vá

Sua doce voz me faz sonhar
Suas palavras de encanto e magia são como canções
Trazendo até o meu peito um turbilhão de emoções
Indago, porque nela eu não consigo parar de pensar?

Vaguei durante séculos sem saber pra onde ir
Sozinho no deserto frio da eternidade eu senti medo
Como se nas mãos dos deuses eu fosse apenas um brinquedo
Mas ao te ver, descobri uma nova razão para existir

Você consegue aplacar toda a minha dor
Faz-me esquecer meu hediondo passado
Mostra-me que talvez por um segundo, eu posso não estar errado
Então peço; dê-me um por cento de chance de lhe conhecer e eu lhe darei noventa e nove por cento de chance de acreditar no amor


Poema dedicado a Juuh.

sábado, 12 de novembro de 2011

Eu sou a lenda, part IV

Por que então esse preconceito cruel, essa parcialidade irrefletida? Por que o vampiro não pode viver onde quiser? Por que precisa procurar esconderijos onde ninguém pode encontrá-lo? Por que você quer vê-lo destruído? Ah, veja, você transformou o pobre inocente sem malícia em um animal perseguido. Ele não tem condições de sustento, não tem a possibilidade de se educar corretamente, não tem direito de voto. Não é de suspreender que seja obrigado a buscar uma existência noturna predatória.
Robert Neville grunhiu um grunhido mal-humorado. Claro, claro, pensou, mas você deixaria sua irmã se casar com um deles?
Ele deu de ombros. Nessa você me pegou, amigo, nessa você me pegou.
A música terminou. A agulha arranhava para lá e para cá os sulcos negros. Ele ficou ali sentado, sentindo um frio subir-lhe pelas pernas. Era isso que havia de errado em beber demais. Você se tornava imune a deleites embriagados. Não havia descanso na bebida. Antes de você ficar feliz, você desabava. O quarto já estava se endireitando, os sons lá fora começavam a mordiscar seus tímpanos.
- Saía, Neville!
Sua garganta se moveu e uma expiração trêmula escapou de seus lábios. Saia. As mulheres estavam lá fora, com os vestidos abertos ou sem vestido, sua carne à espera do toque dele, seus lábios à espera de ...
Meu sangue, meu sangue!


To be continued ...

Capítulos Anteriores:
Eu sou a lenda, Part. I.
Eu sou a lenda, Part. II.

Eu sou a lenda, Part. III.

Eu sou a lenda, part III

Ficou sentado fitando o mural com olhos mortos enquanto "A era da ansiedade" pulsava em seus ouvidos. Era de ansiedade, refletiu. Lenny, rapaz, você pensava que tinha ansiedade. Lenny e Benny; vocês dois deveriam se conhecer. Compositor, apresento-lhe o cadáver. Mamãe, quando eu crescer, quero ser um vampiro como papai. Ora, meu amor, Deus o abençoe, é claro que vai ser.
O uísque caiu dentro do copo gorgolejando. Ele fez uma leve careta ao sentir a dor na mão e passou a garrafa para a mão esquerda.
Sentou-se e tomou um gole. Que o fio dentado da sobriedade seja agora embotado, pensou. Que o equilíbrio precário da visão límpida seja destruído, mas depressa. Eu os odeio.
Gradualmente a sala rodou em seu centro giroscópico e começou a trançar e ondular em volta de sua cadeira. Uma névoa agradável, difusa nas extremidades, substituiu-lhe a visão. Ele olhou para o copo, para o toca-discos. Deixou a cabeça cair de um lado para o outro. Lá fora, eles rondavam e resmungavam e esperavam.
Pobres vampiros, pensou, pobrezinhos amaldiçoados, rodeando minha casa cm passos silenciosos, tão sedentosa, tão completamente perdidos.
Uma idéia. Ele levantou um dos indicadores que vacilou diante de seus olhos.
Amigo, aqui estou diante de vocês para falar sobre o vampiro; um elemento minoritário, se é que isso existe, e existia.
Mas sejamos concisos: vou esboçar as bases da minha tese, que é a seguinte: Vampiros são vítimas de preconceito.
O princípio central do preconceito contra minorias é o seguinte: eles são detestados porque são temidos. Assim ...
Serviu-se de um drinque. Um drinque longo.
Houve uma época, a Idade das Trevas e a Idade Média, para ser sucinto, em que o poder do vampiro era grande, o medo que inspirava, tremendo. Ele era um anátema e continua a ser um anátema. A sociedade tem por ele um ódio sem limites.
Mas suas necessidades são mais chocantes do que as necessidades de outros animais e homens? Suas ações são mais ultrajantes do que as ações do pai que tornou a vida do filho miserável? O vampiro pode suscitar batimentos cardíacos acelerados e pêlos arrepiados. Mas é pior do que o pai que deu à sociedade um filho neurótico que virou político? Pior do que o fabricante que construiu bases atrasadas com o dinheiro ganho entregando bombas e armas a nacionalistas suicidas? Pior do que o destilador que produziu sucos de cereais adulterado para bestificar ainda mais o cérebro daqueles que, sóbrios, eram incapazes de ter um pensamento progressista? (Não, peço desculpas por essa calúnia; tomo um gole da bebida que me alimenta.) Ele então é pior do que o editor que encheu estantes onipresentes de luxúria e desejos de morte? Francamente, vamos, vasculhe sua alma, meu amor - o vampiro é mesmo tão ruim assim?
Tudo o que ele faz é beber sangue.


To be continued ...

Capítulos Anteriores:
Eu sou a lenda, Part. I.
Eu sou a lenda, Part. II.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Só você não entende



Eu a admiro todos os dias, mas acredito que ela nem me veja
eu a desejo todas as noites, infelizmente, ela não me deseja
eu me encanto com o sorriso dela, mesmo quando ela pensa que eu não percebo
tento mostrar o que eu sinto, mas ela insiste em ignorar o meu cortejo

Ela não entende as doces palavras que dedico ao seu nome
que é dos teus divinos beijos que minha alma tem fome
que o sorriso que nasce em meu rosto é apenas em sua homenagem
que ela é tão perfeita que tenho medo de ser apenas uma miragem

Ela não entende como é difícil ficar ao seu lado
sem poder segurar suas mãos, tocar o seu rosto ou beijar os teus lábios
que a tristeza que ela vê em meus olhos é o reflexo do medo futuro
quando eu imagino que nós nunca ficaremos juntos

Eu a admiro todos os dias, mas acredito que ela não me veja
eu a desejo todas as noites, infelizmente, ela não me deseja; ainda
será apenas uma questão de tempo e dedicação
para que ela possa ver, ouvir, entender e sentir que é apenas por ela as batidas do meu coração