quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Ilusões

Eu que já fui triste
Eu que já fui louco
Senti pungente a dor
De ver que tudo é nada
E bebia do amargor

Toda paixão dói
Quando não é escravidão
Agora mato o olho agudo
Que matou minha paixão

Enquanto corre meu tempo
Corro em direção ao nada
E correndo para o nada
Me esvazio até a meta
A meta de minha paixão
Vazia e alegre ilusão

Abandonar a paixão
É vivo ser cadáver
Abraçar a dor
É tola e estulta pretensão

Pois então vivo em feliz ilusão
Só ela colore a escuridão
Só ela liberta desta prisão
Só ela alegra a dor
De viver em vão.

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