sexta-feira, 10 de julho de 2009

Inspiração, onde andas?


A caneta em minha mão já não consegue mais traduzir meus sentimentos
o papel que permanece em branco ignora o reflexo dos meus pensamentos
a poesia perdeu seu encanto, rimas são apenas palavras vazias
a insanidade domina minha alma como há tempos não fazia

Encontro-me novamente sem inspirações
sem o poder de criar um mundo com as mais belas canções
eu amo intensamente e sei que intensamente sou amado
mas ainda sinto esse vazio, essa estranha sensação de "estar faltando algo"

Reflito por incontáveis eras e não consigo descobrir
mesmo tendo todos os motivos, ainda não consigo sorrir
uma lágrima escorre pela minha face e eu ergo minha mão
alguém, por favor; tire-me desta escuridão ...



Abel _____________________________ Requiescat in Pace

Um comentário:

  1. Se fragmentarmos o logos e entrarmos numa dimensão mais sublimada perceberemos que sem inspiração não há vida. Inspirar é puxar o ar da criação, para depois expirar a criatura, a coisa criada. Hamlet, no monólogo sobre o que eu chamo de “a inspiração original”, proferiria algo muito mais significativo que o “Ser ou não ser”; lá nas entrelinhas do “Morrer... Dormir... Dormir...” há um “criar” subliminar.
    Para atalhar a conversa, achei interessante procurar inspiração na falta de inspiração para escrever.


    Até algum dia (ou não).

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Se você conseguiu chegar até aqui, é porque teve paciência suficiente para agüentar minhas insanidades. Prometo agüentar as suas também... vai! Me diz aí o que você pensa.