quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A história (não contada) do amor

Quando o coração não vê, e os olhos não sentem, a alma padece. O amor corrói, suga, sufoca, acalma e mata. Sim, morre-se de amor. Daquele amor que envenena, que obnubila a visão, que ensurdece. Daquele amor que explode, que ilude, que não se realiza. O amor é uma convenção, é uma regra e ao mesmo tempo a exceção de todas as regras. É paradoxal, é inconstitucional e arrebatador.
O amor não suporta clichês, ele é único, criativo, e inovador. Mata-se o amor, e os amantes, ao se buscar as mesmas histórias do passado, no presente, para o futuro. O amor não quer motivos, seguranças ou saudades. Ele quer vontade, intensidade, e mais que tudo, verdade. O amor quer o agora, o aqui, o momento e o sempre. O amor não é doce e rosa. É vermelho e intenso, é corpo, alma e coração. É a mistura do mar com o rio. Do rock com o jazz. O amor é uma dança, é um jogo, é um filme.
Vende-se o amor, em farmácias, cinemas, esquinas, e rodízios de carne. O único preço é o quanto você pode dar de si, para o amor.




*Texto retirado do Café na Porta. Expressa com exatidão tudo aquilo que eu estou sentindo nesse momento.

2 comentários:

Se você conseguiu chegar até aqui, é porque teve paciência suficiente para agüentar minhas insanidades. Prometo agüentar as suas também... vai! Me diz aí o que você pensa.