quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Se for pra dizer "eu te amo"

Falastes assim, sem mais nem menos,
Que não te amo,
Que não te quero,
Que eu não digo para você
As sagradas e mágicas palavras
Tão ansiadas pelos amantes:


“Eu te amo!”


Sei, e como sei,
Que as palavras têm poder,
E por elas constroem-se
E desfazem-se mundos inteiros.
Mas também sei, e como sei,
Que a palavra pode ser um artifício,
Um cosmético poderoso,
Um perfume delicado e perturbador
Que nos cativa e nos enreda,
Que flerta com nosso querer,
E, que pode ser, tão somente,
Um penduricalho,
Um ornamento,
Uma armadilha,
Nada... Enfim!


A palavra pela palavra é oca.
A palavra deve possuir substância,
E sua substância é o sentimento.
Somente assim ela ganha forças,
E seu poder renova, revigora,
Concebe, transforma, levanta
Pessoas e relações.
Eu sempre falo que te amo!
Digo-lhe nas poesias que escrevo,
Nos elogios que teço com a
Lã da sinceridade,
Na admiração densa que lhe dedico,
Nos nossos momentos intensos,
Nas risadas e prazeres compartilhados.
Olhe direito,
Da próxima vez,
Que acreditares que
Não falo: “Eu te amo”!
Não prenda nem limite


“Eu te amo!”


Ao cárcere estéril da palavra
Em seu deserto de sentimento.


Eu te amo
Todo o dia,
Toda a hora,
Em cada beijo,
Em cada abraço que te dou,
Generosamente!
Amar para mim é uma necessidade,
O amor para mim vive dentro da
Rotina e da cumplicidade dos dias,
Jamais somente na pirotecnia
De alguns eventos isolados.
Jamais somente dentro da palavra vazia.
Amar assim...
Simplesmente assim...
É pouco demais...

Um comentário:

Se você conseguiu chegar até aqui, é porque teve paciência suficiente para agüentar minhas insanidades. Prometo agüentar as suas também... vai! Me diz aí o que você pensa.