sábado, 1 de setembro de 2012

Sobre o silêncio

Meu amor, quero o silêncio por alguns instantes...

Quero essa tranquilidade para sorver a paixão em pequenos cálices. Teu amor, minha querida, bebê-lo-ei em goles mínimos ainda que minha sede de ti seja corrosiva, teu amor me ensinou a controlar esta fera, teu amor me dedicou o equilíbrio.
Quero o silêncio, meu amor, para que tenha o sossego exato, a calma necessária para estimular minha sensibilidade e buscar você aonde você melhor vive em mim – em todas as coisas que me cercam, que me interessam!
Quero o silêncio, meu amor, quero o silêncio...
... para perceber nas rosas do jardim, seu cheiro!
... para sentir sua pele na derme da seda mais preciosa.
... para maravilhar-me com seu sorriso no primeiro raio de dia que escapa do sol.
... para ouvir sua música no canto dos pássaros.
... para ler sua poesia na natureza.
... para escutar seu sangue correndo em suas veias, caudaloso, no vislumbre da cascata de águas cristalinas.

Quero o silêncio, meu amor, quero o silêncio...
... para percebê-la ao meu redor, em mim mesmo e em tudo que pouse meus olhos ávidos de você.
... para calar meu corpo que vibra, grita, chora saudades e desejos de você. Pelo silêncio calarei meus instintos mais selvagens e abrirei uma porta para que possa vê-la pelos olhos de meu sentimento.

Venhas, meu amor, venhas então com a ganância de querer amar sem medidas, sem controles, sem folgas, sem tempo no tempo, porque encontrarás em mim um homem pronto para você – sou fera, sua fera domesticada.
E, nesta hora suprema, não quero mais o silêncio, quero nosso amor sendo feito ao som de milhares de beijos e abraços.
Que o silêncio faça sua parte, em sua ausência, mas, contigo presente... Meu amor, com tua linda e mágica presença que me venha todo o furor e os sons intensos do caos da paixão...

Um comentário:

Se você conseguiu chegar até aqui, é porque teve paciência suficiente para agüentar minhas insanidades. Prometo agüentar as suas também... vai! Me diz aí o que você pensa.