sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A mais bela escrita

Era o mais belo sorriso do mundo, entre os mais ternos carinhos do mundo, e o beijo mais doce do mundo, ambos aqui letrados, narrados e descritos com a tinta mais simples que há, no papel mais comum já feito para o mais belo olhar de todos. E neste emaranhado, onde o belo e o trivial se completam chego eu a meu lugar na história. Não assim só meu, meu eu digo a ação, sim porque estive a por o sorriso do rosto, a ganhar o afago da mão e a ser adocicado pelo inesquecível beijo.

Sei, de absoluto, quem será a primeira a ler o texto. Sei ainda quem serão os outros, mas estes são apenas terceiros. A eles, não me dou; disponho-me apenas à primeira. Desafio-me a prever se ela, enquanto compreende meu texto, não tece um sorriso; se sim, desafio ganho, este será o sorriso mais bonito que este ano verá. É por ela, só por ela, que me ofereço de regozijo, ao não-temer o sentimento, acaso nela não venha a existir jamais. Mas agora vamos ao assunto que dá nome ao titulo do que escrevo aqui, Quanto ao texto, pode ser que o título seja pretensioso demais, haverá outros melhores, mas nenhum cuja certeza é maior do que a minha ao valer-me do papel e da tinta para escrevê-lo.

A pretensão que o molda e a razão que o faz existir transformam esse texto no mais belo do mundo. E quem vier de encontro – não ao texto, mas à minha convicção ao tecê-lo – o faz porque nunca beijou lábios tão doces, nunca foi alvo de carinhos tão vivos e sequer foi observado através de olhos tão belos. Àqueles, meu texto não será nada além de um texto qualquer; a outros, pode ser inspiração; a ela, será o meio de fazer seu coração bater um cadinho em compasso com o meu, quem sabe.

2 comentários:

Se você conseguiu chegar até aqui, é porque teve paciência suficiente para agüentar minhas insanidades. Prometo agüentar as suas também... vai! Me diz aí o que você pensa.