segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Adeus

Estou escrevendo o que acredito ser minhas últimas palavras.

As noites estão ficando cada vez mais frias e os dias mais solitários. O papel já perdeu o seu encanto e a caneta não tem mais a ambição da escrita.
Sozinho com meus pensamentos, coloco em minhas mãos um pequeno objeto circular que emite um brilho prateado. Em seu interior consigo até mesmo ver o nome dela. A materialização dos meus sentimentos.
Ela nunca o viu e provavelmente nunca o verá. Deveria eu destruí-lo?
Não.
Guardo em seu local de origem e meus olhos começam a lacrimejar.

A caneta está ficando mais pesada. O quarto está ficando mais escuro.
Eu queria redigir um belo epitáfio mas não consigo encontrar as palavras certas.
Eu tentei ser um poeta mas tudo o que consegui ser foi um garoto brincando com as palavras. Sabe aquele desejo de saber se alguém irá chorar com sua partida? Eu o tenho as vezes.

Nunca imaginei que seria tão difícil me  despedir de algo ou alguém.
Nunca imaginei que existiriam dores impossíveis de se suportar.

Estou escrevendo o que acredito ser minhas últimas palavras.
Espero que alguém as leia.

2 comentários:

  1. Que monte de mulher mal amada , por favor... Saiam daqui que o texto é pra mim , a aliança é minha, e o poeta é meu!

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    1. Assim como todos os textos que escrevi desde que lhe conheci, eu sempre serei seu.
      Eternamente.

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Se você conseguiu chegar até aqui, é porque teve paciência suficiente para agüentar minhas insanidades. Prometo agüentar as suas também... vai! Me diz aí o que você pensa.