quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Do que parte, aos que ficam

Meu jeito de amar é cúmplice. Assim como a chuva de verão que satisfaz a súplica de sede da terra semeada.
Não sei amar sem preocupações.
Não sei amar devagar demais, sem o nervosismo do comprometimento, sem esquecer essa necessidade que é querer.
E querer cuidar demais.
Cuidar sem maiores apegos que, se não, cuidar.
Meu jeito de amar é selvagem. Não sei ser civilizado quando se trata de amar os meus.
Não consigo os abandonar à própria sorte.
Minha consciência não se cala nas noites.
Meu jeito de amar é antiquado. Não cabe dentro da modernidade que vocifera uma liberdade que destrói corpos e valores.
Não entendo a vida em conjunto sem qualquer disciplina, cumplicidade, respeito.
Não sonho com a coroa, abomino ser o bobo da corte.
Revoluciono todos os universos que socializam os passivos e implantam ditaduras nos ativos.
Minhas responsabilidades são unicamente minhas e serão contempladas com meu suor e sangue, exijo o mesmo para vocês!
Meu pão será o teu pão, assim como tua bebida será minha bebida.
Cumplicidade!
Não entendo esse jeito de amar que abandona, que pisoteia responsabilidades, respeito e autoridades, em nomes de prazeres fúteis e mundanos.
Nenhuma amizade deveria ser maior que o amor de um homem e mulher, de um pai e seus filhos.
Não sei amar do jeito que vocês querem.
Estou sufocado num vácuo de descaso e inutilidade.
Preciso ser feliz, assim como vocês também.
E, tem horas que a ausência é uma demonstração dolorosa de amor.
Parto!
E deixo minha benção de que sejam felizes
Do vosso jeito aleijado de ser!
Tentarei ser feliz do meu!

2 comentários:

  1. Interessante seu modo de amar. Poderia me mostrar algum dia? *_*

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado pelo comentário mas, não. Não poderia. Meu coração pertence a apenas uma pessoa. Mesmo que ela não o queira.

      Excluir

Se você conseguiu chegar até aqui, é porque teve paciência suficiente para agüentar minhas insanidades. Prometo agüentar as suas também... vai! Me diz aí o que você pensa.